Cortesia, Integridade, Perseverança, Auto-Domínio, Espírito Indomável
BANDEIRA DA COREIA DO SUL
Para o povo coreano, a sua bandeira (ou T’aeGeuk-Ki) é fonte de orgulho e inspiração. Durante a ocupação japonesa (de 1910 a 1945), a bandeira coreana foi proibida em locais públicos e ficou escondida durante 35 anos, até à libertação da Coreia. Por toda a história da Coreia, desde os seus primórdios até aos dias de hoje, a T’aeGeuk-Ki é um símbolo de luta pela Independência e pela Liberdade.
A bandeira sul-coreana simboliza muito do pensamento, da filosofia e do misticismo ocidental. Dizem que a bandeira Taegeuk foi pela primeira vez desfraldada em Agosto de 1882. Foi feito um tratado naquela época, entre a Coreia e o Japão, em Chemulp´o, afim de suster as hostilidades ocasionadas pela invasão da Coreia em 1592 por Hideyoshi. Em 1833, ela foi formalmente adoptada como a bandeira da Coreia.
O significado da bandeira da Coreia do Sul remete para princípios filosóficos orientais. É originário da filosofia oriental EUM-YANG (em coreano), derivada da tradução do chinês YIN-YANG. Na Coreia, o símbolo de YIN e YANG, e por vezes até a própria bandeira, são chamados de Taegeuk e representa no seu conjunto os princípios do “I Ching” (em coreano, YEOK), o mais antigo livro de filosofia chinês. O nome significa algo como a bandeira dos “Grandes Extremos” ou “Grandes Máximos”.
A bandeira é composta por 3 elementos em 4 cores: o fundo branco (representa a Terra), o círculo vermelho e azul no centro (representa o Povo) e os quatro Trigramas nos cantos (representam o Governo).
O fundo branco (Terra) significa a paz e a pureza do povo da Coreia do Sul.
O símbolo circular vermelho e o azul no centro (Povo), representa o Taegeuk (símbolo muito popular na cultura local).
Igualmente dividido e em perfeito equilíbrio, o Taegeuk significa a origem de todas as coisas no Universo. O seu princípio e pensamento central é a harmonia e o equilíbrio: um movimento contínuo e constante dentro da esfera do infinito, dando origem à unidade.
A parte azul do Taegeuk é designada por YIN e representa todos os aspetos negativos do equilíbrio (escuridão e frio).
A parte vermelha, designada por YANG, por oposição, representa todos os aspetos positivos (luz e calor).
Ambas as partes têm exatamente o mesmo tamanho e complementam-se entre si, apesar de significarem exatamente o oposto uma da outra. Esses dois opostos expressam o dualismo do cosmos, fogo e água, noite e dia, construção e destruição, homem e mulher, ativo e passivo, calor e frio, mais e menos, positivo e negativo, e assim sucessivamente.
Um livro muito antigo chamado Choo-Yuk, que foi escrito por um chinês, refere que todos os objetos e eventos no mundo são exprimidos pelo movimento do YIN e do YANG. Por exemplo, a Lua é YIN enquanto o sol é YANG. A Terra é YIN e o Céu é YANG. A Noite é YIN e o dia é YANG. O Inverno é YIN e o Verão é YANG.
Na linguagem chinesa, a união do YIN e do YANG é chamada de Taich’i.
Em volta do símbolo Taegeuk estão quatro Trigramas (Governo), que nada mais são do que 3 (3 – Tri) barras laterais umas em cima das outras, e cada uma tem um número específico de linhas, sendo que todas elas fazem alusão à natureza.
Os Trigramas (em coreano, KWE) representam:
As quatro estações do ano, as quatro virtudes (Humanidade, Justiça, Inteligência e Cortesia), os elementos naturais (Céu, Sol, Lua e Terra), os pontos cardeais (Leste, Oeste, Norte e Sul) e quatro significados (Realização, Sabedoria, Vitalidade e Justiça).
Também representam o conceito de opostos e de equilíbrio. Uma barra (▬) representa YANG e duas barras (−−) representa YIN.
As 3 linhas contínuas no canto superior esquerdo representam o Céu e oposto a elas, as 3 linhas não contínuas representam a Terra.
As duas linhas e uma quebrada entre elas, no canto inferior esquerdo, simboliza o Fogo e oposto a elas, o símbolo da Água.
Os próprios símbolos são o oposto uns dos outros. Céu - KEON, Fogo - RI, Água - GAM e Terra - GON.
